domingo, 10 de maio de 2020

Feliz Dias da Mães




Eu com meu irmão Jessé e nossa querida e amada mãezinha Jessie, 
quando da comemoração dos seus 70 anos.


A tecnologia nos dias de hoje é bem melhor, mas poderia ser mais.

Por conta do momento que o mundo está passando com a pandemia, o dia de hoje sempre é especial.

O segundo domingo de maio é dia dedicado a comemoração do Dia da Mães, muito embora se for perguntado a cada filho, acredito que todos ou pelos ao menos na sua maior parte irá considerar que são todos os dias.

A situação inusitada fica por conta de que boa parte dos filhos ficarão sem ter a possibilidade que especialmente no dia de hoje está com a presença física da sua querida mãezinha, salvo aqueles filhos que por estarem em lugares bem distantes, tal encontro ficaria inviável.

Mas, a tecnologia dá um jeitinho onde a existência de algumas alternativas possibilita com que você possa de alguma forma ter o contato com sua mãe, coisa que já vem ocorrendo quase que diariamente com os filhos.

Aí é onde eu digo que a tecnologia poderia ser melhor.

Já convivo com esta impossibilidade já alguns anos desde o falecimento da minha querida e eternamente amada mãezinha Jessie.

O tempo é um grande conselheiro, amigo e você aprende aos poucos a dessa adversidade tirar proveitos para sua vida.

Agora vendo que os filhos de hoje tem de mesmo a distância, a possibilidade de ver e ouvir e até comemorar em família o dia das Mães, a tecnologia poderia também dar um jeitinho de que pelo ao menos num breve momento, pudesse fazer com que eu e também e um grande números de filhos que encontram-se na mesma situação, pudessem também comemorar o Dia das Mães desta mesma forma.

Hoje me resta o consolo de que quando viva, tivemos sempre essa possibilidade de estarmos juntos comemorando o seu dia muito especial.

As saudades são muitas e eternas onde guardo nas minhas lembranças os mementos que passamos juntos e sei que sempre está ao meu lado. 

Amor de Mãe é diferenciado, não tem comparação e sempre eterno.

Parabéns a todas as mamães e aos seus filhos que mesmo vitualmente têm a possibilidade de passarem comemorando o belo dia que hoje representa.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Ao Ricardo Eugênio Boechat




Ricardo Eugênio Boechat - 1952 / 2019

Estava eu, as voltas para melhorar de uma labirintite que resolveu me atormentar praticamente as vésperas da Meia Maratona de SP que iria acontecer no dia 17/02/2019.

Adoro correr em SP e até então neste ano retornaria mais uma vez vide post Maratona de Salvador – 2019.

Viagem marcada e marcada também estava um famigerado exame que teria de fazer na semana da viagem mais precisamente na segunda-feira.

Quem tem esse problema e necessitou de fazer o exame que aparentemente simples, mas pelo ao menos para mim foi terrível.

Consiste em você se sentar numa cadeira, fechar os olhos e o médico com um aparelho sobrar um ar quente nos seus ouvidos. Isso me provocou uma reação que parecia que eu estava numa montanha russa e o mal-estar foi tão grande que de tanto suor parecia que haviam jogado um balde de água em mim.

O consultório era próximo ao trabalho e o objetivo era que após o exame voltasse a trabalhar, contudo não tive a mínima condição.

Estava acompanhado de Neuza por exigência do procedimento e nem condições de pegar o carro eu tive. Resolvi deixá-lo no estacionamento do trabalho e fui direto para casa.

Já em casa e de banho tomado, liguei a TV e tomei o maior susto.

Estava passando uma reportagem sobre um acidente de helicóptero onde o jornalista Ricardo Boechat e o piloto haviam falecido.

Sabe daquele ouvinte que sempre que possível ia para o trabalho ouvindo uma rádio e um programa específico de um jornalista que você admira praticamente todos os dias.

Sou eu, pois me identificava em muitas coisas com ele fala. Religião, política, ele tinha um comportamento o qual já exercitava a algum tempo.

Não entrarei no mérito da questão.

A semana foi passando, passando e chegou à sexta-feira dia da viagem para SP.

O voo seria no início da noite e como programado fizemos como outras vezes, indo no nosso carro o qual deixaríamos no estacionamento do aeroporto pois o retorno ocorreria no domingo à noite.

Acredite, sai mais em conta do que pegar um taxi de ida e volta ao aeroporto.

No caminho da ida, já próximo ao aeroporto Luis Eduardo Magalhaes estava tudo engarrafado, porem nada que atrapalhasse o embarque pois já conhecendo a região saímos sempre mais cedo.

De repente sentimos um baque no fundo do carro e saindo para verificar um carro de aplicativo bateu embora não sendo nada de grave.

Ao sair do veículo me deparei com um rapaz tipo esses de academia, cheio de tatuagem, todo apertadinho.

Perguntei se ele havia se distraído e me retrucou dizendo que eu parei de repente. Aquilo meu subiu na cabeça que minha primeira reação foi chamá-lo de idiota.

De imediato pedi que olhasse para a frente e observasse que estava tudo engarrafado.

Observei que ele estava levando um passageiro para o aeroporto e embora sem provas, mas o que deduzi de que ele estava se distraído olhando no celular se haveria uma próxima chamada.

Essa minha dedução ficou mais consistente quando oportunamente utilizei o transporte por aplicativo. Em resumo me disse que não ficaria assim e pegou o celular e tirou uma foto da placa do nosso carro e eu do mesmo jeito também assim agi com a dele.

Seguimos em frente, mas fiquei preocupado pela ameaça.

Seguimos viagem.

No sábado já em SP, depois de pegar o kit fomos até um shopping. Minha cunhada graça já estava comigo e lá revelei de que gostaria de fazer na corrida uma homenagem ao Boechat.
Quando ouvia a rádio, sempre tinha uma história de que ele quando ficava no Rio de Janeiro e ia à praia, vestia uma sunga da cor vermelha e foi exatamente o que procurei numa loja de departamento.

Compramos uma a que achei a mais parecida com aquilo que imaginava ser a indumentária de que o Boechat usava.

A preocupação com o ocorrido no dia anterior ainda era grande e sempre no sábado pela manhã ouvia e algumas vezes até interagia com um programa na Rádio Metrópole chamado Metrópole Autos.

E foi o que fiz de SP. 

No programa tem alguns profissionais para tiram dúvidas não só da parte mecânica, como também de legislação.

Dúvidas esclarecidas, e com algumas orientações me tranquilizei.

Depois do shopping vamos encontrar um grupo de amigos para um breve almoço, pois naquele dia era também o aniversário da querida cunhada Graça.

Almoço delicioso e aí falei para a Neuza e Graça que agora, iriamos na Rádio Bandeirantes onde o Boechat trabalhava. Não poderia perder a oportunidade e para lá seguimos.

Na portaria fizemos uma breve identificação, mas a resposta não foi exatamente o que esperava.

Disse a moca da portaria:

- Normalmente temos até a visita de algumas pessoas de outros estados para conhecer a rádio, mas hoje por ser um sábado não tem como fazer. É só de segunda a sexta.

Mas o brasileiro nunca desiste e sendo baiano mais ainda.

Insisti, insiste, até que ela contatou um jornalista que inclusive trabalhava com ele.

O que o percebi é que o ambiente entre as pessoas que passavam pela portaria tinha uma feição de tristeza onde os cumprimentos entre eles eram bem comedidos.

Após uma boa espera fomos atendidos pelo jornalista o Érico a quem fiz um breve relato do porquê estávamos ali e gentilmente nos acompanhou para conhecer o local onde ele trabalhava.


Deixo aqui registrado, os meus sinceros agradecimentos ao Érico, por ternos concedido a esta oportunidade ímpar.

Eu, Neuza, Graça e o Érico

Me arrepio até hoje.

Fui uma visita rápida porem mágica. Num local reservado estava a cadeira ainda com um nome em uma folha de papel que me informou ser a qual ele usava recentemente.


O respeito era muito grande, inclusive não tinha pretensões de registrar através de fotos, o Erico me disse se quisesse ficasse à vontade.

Estúdio onde ela diariamente fazia o programa

O ápice, foi quando me disse se quisesse poderia tirar uma foto sentada nela.


Não sei o que isso poderia representar, mas assim fiz.

Essa cadeira foi depois transformada em uma obra de arte.

A visita foi bem rápida e após agradecemos seguimos para o hotel.  

Dia da corrida e como de presente havia inscrito também minha cunhada numa caminhada de 3 km e Neuza iria correr os 5 km.

Tudo dentro de uma programação para que quando da minha chegada pudesse fazer a homenagem devidamente caracterizado.


A prova conclui em 01:50:57, mas aproximadamente faltando uns 300 metros para o pórtico da chegada, estava minha cunhada para me dar a sunga (que coloquei sobre o calção) e um cartaz que havia feito no final da noite anterior para fazer o que achei entender como forma de homenagear aquele que considero um dos melhores jornalistas e ser humano que já ouvi falar.

A chegada


Neuza e Graça após a corrida

Hoje, quando ouço a rádio Band, fico a imaginar o que ele estaria dizendo sobre essa pandemia toda.

Como ele sempre dia, “Segue o Barco” e é o que tenho procurado sempre fazer.

Já retornado a salvador, fiz o registro no site do Detran sobre o ocorrido da batida para me resguardar legalmente.

Quanto a labirintite, na corrida me deixou um pouco inseguro, mas felizmente não foi o bastante para que a concluísse e fizesse minha simples homenagem ao Ricardo Eugênio Boechat.

Segue o Barco.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Xô COVID-19



12/03/2020 - Porto da Barra

Pelas minhas contas, hoje completo 53 dias sem os treinos presenciais de corrida, sem as sessões de fisioterapia e as aulas de Pilates.

Nas minhas rotinas das atividades físicas, nas terças, quintas e sábados faço o treinamento de corrida na MAXIMUM SPORTS onde a depender do dia poderá ocorrer uma mudança de local de acordo com a conveniência e necessidade para os treinos.

Ainda na quinta tenho sessões de fisioterapia na Effective no Itaigara com o objetivo de prevenção de lesões e a correção postural.

Nas segundas e quartas-feiras, faço Pilates na Mobi Pilates, aqui mesmo onde moro.

E aí?

Com essa pandemia a rotina não só minha, mas de muita gente foram forçadas a mudarem por conta de não sair de casa obedecendo uma quarentena que pelas contas já passou disso.

Por necessidade, toda segunda, saio com um objetivo de ir ao mercado para repor os itens necessários para alimentação, limpeza e caso precise passar na casa de algum parente para levar ou buscar alguma encomenda.

O risco de se expor é grande e quem tem, tem medo. O certo foi nos ajustarmos para que dentro do possível pudéssemos nos manter ativos.

Digo pudéssemos pois sou eu e a amada Neuza.

Felizmente do outro lado, ou seja, da Assessoria, Fisioterapia e Pilates nos proporcionaram alternativas de mantermos pelo ao menos a mobilidade e consequentemente a imunidade que é de muita importância para o combate ao COVID-19.

Da Assessoria e fisioterapia, estou fazendo atividades presenciais através de um aplicativo específico que nos permite uma interação online e do Pilates através do envio por parte dos instrutores de vídeos gravados por eles orientando a execução.

Da assessoria tenho ainda obedecendo um cronograma de treinamento atividades realizadas numa bicicleta ergométrica que realizo nos mesmos dias do Pilates, mas procurando obedecer a um intervalo entre elas.

Evidente que existe entre as atividades algumas particularidades que na medida do possível tenta se fazer ajustes.

Na assessoria o aplicativo é acessado também pelos demais atletas o que repõe um pouco do que normalmente ocorreria nas atividades presenciais que é a interação com os demais.

Até por conta de não termos datas certas para as provas, houve a mudança de direcionamento de exercícios voltados mais para força, correção de movimentos os quais geralmente por nós corredores, não priorizamos muito.

Muito embora isso só até o momento tenha ocorrido uma vez, um bate papo com os treinadores achei um diferencial importante até por termos a oportunidade de ouvirmos os questionamentos dos demais atletas e as explicações e os porquês por parte dos professores.

Na fisioterapia, semanalmente tenho um atendimento idêntico ao da assessoria, só que individual e recebo previamente o material com os exercícios que deverei executar quando do atendimento.

No dia e em horário já preestabelecido, acessamos o aplicativo havendo a interação com a fisioterapeuta, que me orienta para fazer os exercícios efetuando as correções necessárias.
Vale salientar que no atendimento presencial, existe o processo de manipulação que embora dolorido, mas são fundamentais para o alívio e soltura de alguns músculos comprometidos por vícios de postura e traumas. Acrescento ainda que inclui também o objetivo de prevenir lesões.

No Pilates efetuamos as atividades baseados nos vídeos, e posteriormente damos um retorno a professora de que foi feita a execução e caso necessário com algumas observações.

Neste procedimento não é o ideal, pois a observação pelo profissional é de fundamental importância na verificação da atividade.

E aí?


Seguimos nesta pegada, e torcendo para que muito em breve possamos reestabelecer a rotina antes do COVID-19, que especialmente para mim tem me feito muita falta pelo contato com os amigos que o esporte me proporcionou.