sexta-feira, 26 de junho de 2020
Dia Internacional do Orgulho LGBTI
quinta-feira, 18 de junho de 2020
Quarentena de Amor
terça-feira, 16 de junho de 2020
Homenagem à Avani Matos Rodrigues
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
sábado, 6 de junho de 2020
Que estranho!
Este foi o meio primeiro
sentimento que tive ao acordar naquele dia.
Ainda ao longe ouvi a voz da
minha querida e amada esposa se dirigindo ao casal de filhos para não fazerem
barulho.
- Parem crianças, não façam barulho
para não acordar o seu pai.
Ao ver todos que comigo convivem,
se arrumando apressadamente para cumprir as suas atividades rotineiras até
então parecia de tinha acordado de um pesadelo.
Percebi que ninguém,
absolutamente ninguém se preocupou em se precaver de máscaras, pegar o seu kit
de álcool gel, de colocar luvas e muito menos ouvi alguma referência de
recomendações de segurança.
Sonho ou pesadelo, o certo de que
havia o surgimento de um vírus e que faria uma grande alteração na vida da
humanidade, e com consequências fatais para muitas pessoas.
Por trabalharmos o dia todo,
fizemos a opção de deixarmos as crianças num período integral na escola, onde
no finalzinho da tarde fazíamos o revezamento de que na volta do trabalho, eu
ou ela passa na escola para pegar as crianças.
Todos aqueles problemas a que
havia até então nos meus pensamentos presenciados pareciam não mais existirem.
Tudo me parecia muito estranho.
Aquele era o meu primeiro dia de
férias. Não tinha a maior vontade de me levantar da cama.
Toda aquela aflição, o
confinamento, a quarentena.
Ainda sem acredita resolvi me
debruçar a janela e tudo, absolutamente tudo parecia normal.
Carros e mais carros circulando,
o ponto de ônibus próximo a onde moro completamente lotado, absolutamente tudo
normal.
Voltei a dormir.
Mais tarde, muito bem mais tarde,
acordei.
Sabe, daquele primeiro dia de
férias, sem a mínima vontade de fazer absolutamente nada.
Pois é.
Solitário estava e pelo horário,
já não tinha mais sentido tomar o café da manhã.
Já se passava do meio dia e
resolvi almoçar.
Sem pressa, após escovar os
dentes e fazer a barba, e que depois percebi que fazer a barba já havia sido
pelo hábito diário, que, na realidade não precisaria.
Devidamente abastecido, imaginei
em aproveitar aquele primeiro dia de férias assistindo uma série no canal
fechado o que me consumiu uma boa parte do tempo.
Aquela angústia ainda persistia
nos meus pensamentos e que ao passar do dia ia-se desfazendo ao perceber que
tudo parecia e acontecia, absolutamente normal.
Aproximava-se a hora de
costumeiramente chegávamos em casa e já conseguia ouvir aquela mesmo barulho
que havia ouvido pela manhã.
Não precisava ser nenhum vidente
para saber que atrás daquela porta, as crianças estavam chegando.
Correram em minha direção e
deitado no sofá fiquei sem a mínima condição de me levantar.
Pularam em cima de mim, cheios de
carinhos, perguntas e justificativas do que tinham feito durante o dia na
escola.
A disputa era grande, mais sem
vencedores, pois não existe uma medida que pudesse diferenciar o carinho de um
pai por esse ou aquele filho.
Sabia que cada um tinha sua
particularidade, mas não era capaz de interferir em nenhum ou qualquer
julgamento de merecimento de carinho.
- Meu amor, como foi o seu primeiro dia de
férias?
Perguntou minha amada.
Fiz um breve relato do que havia
feito e até por ter passado a maior parte do dia dormindo não tinha muito o que
contar.
Fiz só um breve relato da série
que havia assistido até o momento.
- E o seu?
Perguntei a ela.
- Normal.
Ela me respondeu.
Já imagina que havia sido igual
aos demais dias do trabalho.
À noite, e agora mais noite
ainda, estava tudo calmo.
As crianças já estavam dormindo,
a minha amada também, e eu ainda por conta de ter acordado mais tarde, estava a
aguardar a chegada do sono.
Resolvi continuar a assistir à
continuação da série que havia começa a tarde.
De repente por conta de uma cena
de explosão no filme, percebi que mesmo que não completamente havia adormecido.
Levantei-me e logo após a me
desconectar do canal fechado ao qual estava assistindo fiquei sintonizado em
uma estação onde o jornalista fazia uma referência preocupante vindas da China, onde um médico insistentemente
fazia alertas da existência de um vírus que se não dado a importância
necessária, poderá causar sérios transtornos para a humanidade.
Pensei, sorrir e em voz baixa ...
Doidice não escolhe
nacionalidade, agora é um Chinês.
Carinhosamente, debrucei-me e
beijei a minha querida amada, e adormeci.
quinta-feira, 4 de junho de 2020
Sexo antes da corrida atrapalha?
Na literatura podemos
encontrar farto material, porém nada muito conclusivo, visto que o assunto
envolve a reação de cada indivíduo considerando ainda fatores diversos.
Era uma semana de muita expectativa
onde no próximo domingo seria realizada uma corrida com a participação de atletas
de ponta, inclusive com a vinda de três quenianos.
Para os simples corredores,
tal presença vem trazer uma maior valorização a costumeira medalha de
participação recebida ao concluir a prova.
Como parte dos preparativos
durante a semana da corrida, costuma-se aumentar o consumo de carboidratos, reduzirem
a ingestão de carne bovina, abster-se de bebidas alcoólicas etc. e foi o que
fiz.
Vale lembrar que nesta semana
mais precisamente as vésperas da corrida, após dois longos meses longe de casa,
estaria retornando de uma viagem por conta do trabalho em outro estado.
Não preciso nem reforçar a
saudade que estava sentindo de todos os meus entes queridos, do filho ainda em
fase de crescimento e da minha linda e querida mulher.
Como já premeditado deste o
ato da inscrição pela internet, cheguei a tempo de me dirigir ao local
determinando para a retirada do kit da corrida.
Já em casa, conversas
atualizadas, lembranças entregues, o material da corrida devidamente separado e
como de costume, foi dormir cedo.
Bem lá pelas tantas, mais bem
mesmo, como já havia dito, a saudade era grande e aliado a largura da cama, não
foi fácil resistir e matar as saudades daqueles longos dois meses.
Os muitos e muitos anos de
casados não foram o bastante para diminuir a paixão que sentíamos um pelo
outro.
O resto fica por conta da
imaginação de vocês.
Depois, adormeci com o sono
dois justos.
Pela manha levantei para ir
ao banheiro e avistei no encosto da cadeira da sala, a camiseta e o restante do
material da corrida.
Minha primeira reação foi
olhar para o relógio.
Por aqui é comum as corridas
começarem por volta das sete horas ou um pouquinho a mais, mas esse a mais,
nunca se aproximaria de uma hora e meia de atraso.
O relógio, maldito relógio,
cravava oito horas e trinta e dois minutos.
Nem que a largada saísse do
corredor e mais precisamente na porta do nosso apartamento, não daria mais
tempo.
Não me recordo que no
material que li sobre sexo e corrida, se referisse a situação acima, e o que me
restou, foi concluir que pelo ao menos no meu caso, o sexo antes da corrida
atrapalha.
Não fiquei chateado.
Ao me lembrar de tudo que
ocorrerá durante a noite, só restou me conformar.
Ano que vem deve haver outra
corrida.
Pensei, pensei.
Resolvi experimentar agora
algo que nunca havia lido ou ouvido sobre o assunto sexo e corrida.
O sexo durante a corrida
atrapalha?
Como a corrida já estava acontecendo,
voltei para o quarto, fechei a porta, como sem querer querendo, me esbarrei na
minha linda e querida esposa e o resto.
Bom, fica por conta da
imaginação de vocês.
Pelo ao menos para mim, o
sexo durante a corrida não me atrapalhou em nada, pois, o que menos lembrei é
de que exatamente naquele momento uma corrida estava sendo realizada.
Esse conto foi fruto da
imaginação, mas poderia muito bem acontecer com qualquer um, inclusive com
você, meu caro leitor.