sábado, 20 de setembro de 2008

Saudades do nosso querido Pai.

Hoje completa um ano sem a sua presença.
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Antônio Moreira de Pinho
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O sítio onde ele morava


Era um dia normal de visita.

Como todos os dias, dirigi-me ao Hospital Santo Antônio de Irmã Dulce na cidade baixa, para visitar o meu pai, que ali se encontrava internado para uma cirurgia.

Como de costume, cedo chegava ao trabalho para que no período da tarde pudesse ir visitá-lo e substituir meu irmão que passava uma parte do dia com ele.

Neste dia, até por ele se encontrar num período estável com a sua saúde, pela manhã e início da tarde não estávamos presentes.

Contudo tínhamos informações de como se encontrava, pois em suas mãos deixávamos um aparelho celular para que pudéssemos contatá-lo diariamente.

Estava bem, o que nos deixava mais tranqüilos para que pudéssemos cumprir as obrigações no trabalho.

Vale salientar o apoio que nos foi dado por parte das nossas chefias e colegas na compreensão deste difícil momento.

E fui.

Ao chegar ao hospital e devidamente identificado, tive acesso à enfermaria onde ele ficava.

De imediato um susto, pois um aglomerado de pacientes e funcionários estava a disputar o acesso ao local onde ele e os demais enfermos se encontravam.

Ao aproximar-me, percebi que não havia nenhum movimento que justificasse essa minha preocupação, pois o que ouvia eram risadas, aplausos e cantorias.

Sem ainda avistá-lo, mas com a certeza de que ele estaria envolvido em toda aquela movimentação, entrei na sala.

Deparei-me com um grupo de pessoas que faziam parte de um movimento, onde vestidos de médicos e pintados de palhaços saiam a visitar os hospitais trazendo um pouco de alegria e conforto para os doentes.

Aos que não conheciam, poderiam pensar que aquele senhor magro, de estatura baixa, com a voz roca pelo tempo, vestido com roupas utilizadas pelos enfermos, fizesse parte deste grupo, pois a ele, naquele momento, todas as atenções eram dadas.

Estava ele a recitar uma poesia e ao seu final mais aplauso e risos.

A me ver, apresentou-me como um dos seus filhos e um dos participantes do grupo me fez um verso.

Risos e gozações foram ouvidos, mas nada que me deixasse desconcertado.

Antes de partirem, fizeram-me elogios do meu pai, exaltando o bom humor e a inteligência que ele possuía.

Aquele foi um momento descontraído ao ponto de que mesmo que por alguns instantes, me fez esquecer que estava em um ambiente hospitalar.

Momentos presenciados como este, e alguns outros por você relatados, são os que ficaram marcados nas nossas lembranças.

Continuamos seguindo as nossas vidas e ainda aprendendo a conviver com a sua ausência, mas tenha a certeza que sempre você estará nos nossos corações.

Samuel e Jessé

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

De hoje não passa.

De hoje não passa.
Enchi os pulmões de ar, punhos serrados, de hoje não passa.
Ainda faltavam algumas horas para a largada.
Levantei da cama, cumpri os rituais costumeiros que faço nas manhãs das corridas e sai, ou melhor, saímos, pois a corrida acaba envolvida também a família.
O dia estava lindo, o sol parecia que não ia deixar por menos. Era um dia literalmente de praia.
Aos poucos os atletas iam chegando, expectativa aumentando junto com a adrenalina.
Autorizada a largada, saímos todos.
De imediato colei junto ao corredor que o denominei de coelho. O coelho é aquele atleta que procura dá um ritmo mais veloz a corrida onde normalmente ele faz parte de uma equipe para que um determinado corredor que também pertença a essa equipe, depois possa alcançar e ultrapassar o coelho almejando a vitória ou uma melhor colocação.
Comigo isso nunca funcionava, cada corrida após seu final me dava sempre uma grande frustração, mesmo que a cada participação o meu tempo apresentava um melhor desempenho o que para mim não era o bastante.
O desafio foi aumentando, mas havia escolhido aquele dia, aquela prova para alcançar, ultrapassar e quem sabe dá uma bicuda no coelho.
Eram apenas dez quilômetros.
Fomos correndo, correndo e passamos a marca dos cinco, seis, sete, quilômetros e como sempre nada do coelho cansar.
O percurso já era conhecido, embora isso não fizesse a menor diferença.
Faltavam apenas dois quilômetros e pensei ta chegando a hora. O coelho estava ficando mais próximo e dava para ouvir o esforço da respiração do maldito coelho.
Era uma corrida realizada pela Marinha do Brasil denominada Riachuelo.
Estava já nas proximidades do Morro do Gato, descendo uma ladeirinha em frente o Barra Vento, e ai definitivamente, de hoje não passa.
Corri, corri, corri, puxei uma bandeira do Brasil que havia colocado na minha cintura. Toda molhada de suor, segurei-a na mão e foi em direção a chegada.
Ataquei. Quando me lembro, sempre fico arrepiado.
A vontade foi tão grande que subestimei o quanto faltava para a chegada. Bateu-me um cansaço e comecei a ficar preocupado com o temido coelho.
Já dava para ouvir os gritos, vamos, vamos, passa ele.
A essa altura do campeonato o esforço já era tamanho que pensei:
Só ta faltando tropeçar no diabo do tapete da chegada e o coelho passar por cima de mim.
Finalmente a minha determinação foi maior. Desfraldei a bandeira, cruzei a linha de chegada e ganhei a corrida para o coelho.
Um detalhe que para essa história não teria muita importância se não fosse à idade do coelho.
Ele tinha 55 anos, 10 anos a mais do que eu. Chamava-se Dr. Gilberto que por um bom tempo sem saber, foi um grande incentivador para que até hoje eu continue correndo e ultrapasse os meus desafios.
A ele sou eternamente grato, e a quem dedico essa minha história.


Autor: Samuel Moreira


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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Meia Maratona Braskem


Já fez a inscrição da sua equipe? Venha, participe e traga a sua família.


Esta se aproximando o dia da Meia Maratona Braskem de revezamento 2008. A exemplo das edições anteriores aguarda-se um grande número de participantes e de pessoas que vêem prestigiar o evento. Além da excelente estrutura, outro grande atrativo será a distribuição de prêmios que este ano passa dos R$60.000,00. Não perca tempo e faça já a inscrição de sua equipe.

A Equipe Correr é bom já está formada e inscrita.


Faça sua inscrição !


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